Discipulado de Jovens
Segundo sábado de Maio (11/05/13)
Nas Sedes das Extensões
Dirigente: Articulador do Discipulado de Casais
Participação: Todos os jovens, adolescentes e crianças que caminham no Discipulado de Jovens. Encontro aberto para outros jovens, adolescentes e crianças que queiram participar.
18:00h – Ambientação e providenciar cópias do texto para os participantes.
19:00h – Louvor e Súplica ao Espírito Santo
19:30h – Palavra de Deus (Gl 5, 13 – 26) Formação
Omite-se a pregação. Mas, a leitura do texto deve ser dinamizada, de forma que não se torne cansativa e enfadonha para os participantes.
Tema: Sou livre! Escolhi ser de Deus! Que problema há nisso?
“Não é o caminho que é impossível. É o impossível que se torna caminho”.
Foi para a liberdade que Deus nos chamou. E liberdade é a capacidade que temos de fazer as nossas próprias escolhas. Temos a possibilidade de escolher o nosso próprio caminho. Podemos nos decidir pelo Senhor Jesus ou não. E uma vez feita uma escolha, todas as nossas forças devem estar voltadas para concretização da mesma.
Somos jovens! E Deus nos convida a vivermos a liberdade desde a nossa juventude. Mas... Cuidado! Isso não quer dizer que posso fazer tudo o que der “na telha”, sem medir as conseqüências de minhas escolhas e atitudes tanto na minha vida pessoal quanto na vida do outro. E, claro, na missão que assumi dentro da Igreja e do DJC. Você é livre para fazer suas escolhas, e é igualmente responsável pelas conseqüências delas.
A cada vez que você faz uma escolha, deixa para trás uma variedade de opções, as quais poderia ter escolhido. No entanto, a partir do momento que você escolheu uma delas, todas as outras devem ser esquecidas. Se escolher ir por determinado caminho precisa perseverar no caminho escolhido, não é possível caminhar por duas veredas ao mesmo tempo. Não dá para servir a dois senhores. É preciso coerência, ou seja, se escolhi caminhar com Jesus Cristo na Igreja e no DJC, então minha vida deve ser uma luta intensa e constante para viver de acordo com os mandamentos do Senhor que nos diz: “Quem aceita os meus mandamentos e a eles obedece, esse é que me ama” (Jo 14, 21). E ainda completa: “Se alguém me ama, guarda a minha palavra, e meu Pai o amará. Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14, 23).
Liberdade é escolher, e escolha implica renúncia. Quando fazemos uma opção, renunciamos todas as outras opções e, também, a tudo o que nos afaste do nosso propósito. Se você decidir cursar uma faculdade vai precisar fazer algumas renúncias, tais como, perder algumas horas de seu lazer para estudar e se preparar para o vestibular ou Enem, esquecer mais a TV, as saídas freqüentes com os amigos... Começando a faculdade, terá que dispor de mais tempo ainda para se dedicar ao curso, deixar de comprar algumas coisas que gosta porque precisa comprar livros, xérox...
Nossa vida é feita a partir das nossas escolhas. O negativo neste processo é que o mundo que nos fala tanto de liberdade, de podermos escolher quem queremos ser, convida-nos a todo instante a sermos iguais a todo mundo, e ainda nos deixa a ilusão de que ser livre e diferente é fazer o que a maioria faz. Você é livre para escolher ser igual aos outros, é o que prega a mídia. Veja a historinha abaixo:
“Procusto era famoso por sua “acolhida” e “simpatia”. Mas sua fama na vizinhança era apenas fachada. Falava mentira e das bravas. O camarada acolhia os viajantes que passavam pelo vilarejo onde morava e os levava para a sua casa. Mas lá, ao invés de banquetes e uma caminha fofinha, com cobertor bom para descansarem e dormirem aquecidos, ele oferecia para as pessoas sua famosa cama de torturas. Era uma cama de ferro. E o cara era tão estranho e mau, que tinha o costume de “medir” as pessoas. Ele obrigava suas vítimas a deitar na sinistra cama. Se fossem altas e suas pernas sobrassem para fora da cama, já era. Ele as decepava! E se fossem baixinhas, ele esticava seus membros até alcançarem as dimensões ditadas por ele. Ele não respeitava o diferente; queria fazer as coisas conforme seus padrões. Era uma régua, e sua medida era a medida para todos. Morreu com a mesma brutalidade que aplicava aos outros. Teseu, defensor dos oprimidos e castigador dos bandidos, o matou em seu próprio leito, cortando-lhe a cabeça.”
É isso que o mundo faz conosco que decidimos ser, de fato, diferentes. Por todos os lados procuram nos moldar de acordo com a sua forma. Somos cortados! Quanta hipocrisia! Fala-se tanto de respeito às diferenças, mas não se respeita uma pessoa que escolhe viver de acordo com a vontade de Deus. E, aqui, lembremos que respeitar não quer dizer concordar. Podemos respeitar a liberdade do outro de pensar e agir de maneira diferente mesmo sem concordar com ele. Respeitam-se as mais variadas maneiras de viver, as quais, geralmente, são contrárias à santidade a que Deus nos chama. Praticamente tudo aquilo que é contrário aos princípios cristãos é visto pela nossa sociedade como normal, aceitável. Porém, um jovem que escolhe viver unido a Deus não é aceito, e é, muitas vezes, discriminado, desrespeitado pelos membros dos grupos onde está incluído: família, escola, amizades, trabalho.
O pior é que algumas vezes nos deixamos moldar, renunciamos ao nosso direito de ser diferente para ser igual a todo mundo. E até pensamos que só seremos felizes se seguirmos o que a maioria faz. Além disso, nos fazem acreditar que a santidade é só para alguns, ou apenas para padres, freiras e velhos. E ainda colocam em nossa cabeça que jamais poderemos ser santos como Deus nos pede, pois somos pecadores irremediáveis. Pelo amor do Senhor, não caiamos nessa armadilha do encardido: Jesus Cristo já se entregou por cada um de nós para nos salvar e o Espírito Santo está presente em cada um de nós exatamente para nos tornar perfeitos como o Pai celeste é perfeito. Nossa santidade depende do nosso esforço pessoal, mas é principalmente obra do Senhor. É Aquele que é santo, quem nos pode tornar santos. “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível” (Mc 10, 27).
Ao longo da história, Deus já santificou a tantos! Por que não fará ele o mesmo conosco? O que eles tinham no passado que não temos hoje? Apenas uma coisa nos diferencia deles: eles se deixaram conduzir pelo Espírito Santo, e não pelas próprias vontades, impulsos, ou pelas ideias que a sociedade apresentava. Não foi a sociedade quem os modelou. Eles foram lapidados e modelados pelo próprio Deus. Em outras palavras, o Senhor os aperfeiçoou, tornou-os perfeitos. E o mesmo Ele quer fazer conosco, mas precisamos nos abandonar em Suas mãos e confiar no Seu amor misericordioso. “Por isso é que eu lhes digo: vivam segundo o Espírito, e assim não farão mais o que os instintos egoístas desejam” (Gl 5, 16). Você pode ser santo porque Deus te chama para a santidade e Ele mesmo é quem te santifica. Basta o teu sim e Deus fará grandes obras em tua vida.
Só seremos verdadeiramente livres e felizes em Cristo, “pois qualquer liberdade fora d’Ele não passa de escravidão” (São Francisco de Assis). Não há outra maneira de se chegar a uma vida plenamente feliz sem optarmos por Cristo. Sem buscarmos ter uma vida coerente com a escolha que fizemos, sem busca pela santidade no dia-a-dia. Não se faz um santo da noite para o dia, leva-se uma vida inteira, dia após dia sois chamados a reafirmar a vossa escolha pelo Senhor e a vos tornardes cada vez mais semelhantes a Ele. Serás santo se acreditares que o Espírito Santo pode fazer a santidade acontecer em tua vida, e se deixares que Ele o faça.
Que possamos dizer como Diogo Fernandes: “Eu não tenho medo de ser diferente! Não tenho vergonha do Evangelho! De Jesus, da Cruz, nem da Ressurreição! Tenho vergonha, sim, das pessoas que se dizem cristãs e não vivem o que seu Mestre lhes ensinou. Eu tenho vergonha, muita vergonha, quando não sou coerente com o que penso e escrevo. Agora, não tenho vergonha de querer ser melhor, de admitir minhas ideias, meus erros e acertos, de expor meus sentimentos, de buscar ser original, porque Deus me fez assim, e se as pessoas querem me transformar em produto de mercado que fala, ouve e vê o que mandam ouvir, ver e fazer, eu não vou entrar nessa não!”
Você encontrará sempre muitos Procustos em sua vida. Pessoas que ditam como você deve ser, e que não te aceitam se você procura ser diferente. E eles podem estar bem perto. Seus amigos, parentes, colegas de trabalho, vizinhos, os artistas e tantos outros, podem estar ditando a sua maneira de viver e talvez você nem tenha se dado conta desta realidade. Mas já é hora de parar e pensar: quem você está permitindo que comande a sua vida? Tem sido fiel às suas escolhas independente do que dizem os Procustos? Ou você tem sido apenas uma marionete?
É preciso escolher e viver de acordo com a própria escolha. Você não pode escolher um caminho e seguir por outro, isso é contradição. É falta de coerência (deve haver harmonia entre o que eu falo e o que eu vivo). Não existe o discípulo e o pecador. Existe apenas um pecador se esforçando para ser um discípulo autêntico. Consciente das próprias fraquezas, mas certo da misericórdia de Deus. Por isso, reze incessantemente e suplique ao Senhor a graça de permanecer fiel a Ele, já que estás aqui e o escolhestes como Senhor de tua existência. Deixe-se transformar e conduzir por Ele, pois “se vivemos pelo Espírito, caminhemos também sob o impulso do Espírito” (Gl 5, 25).
20:00h – Oração de Bênção
Em sintonia com o que foi refletido na formação.
20:15h – Caminhada Discipular
Articulador incentivar para que coloquem em prática o que foi estudado.
Convites para o próximo Discipulado de Jovens, Siloé, etc
Orientar que podem convidar outros jovens, adolescentes e crianças para esses encontros abertos.
Aniversariantes do mês.
20:30h – Despedida
Lanche (opcional)
Atenção:
Neste mês não teremos o Discipulado de Jovens no quarto sábado, pois todos os discípulos servidores estarão no Encontro Local de Espiritualidade e Formação dos Servidores do Discipulado de Jovens.
Fraternalmente,
Edilma Santos (Conselheira Local)