Amados irmãos,
Dia 19 de junho vivemos o nosso Encontro Geral de Espiritualidade, no qual o Bom Deus derramou abundantemente Sua Graça. Foi maravilhoso estarmos reunidos como um único DJC jovens, embora moremos em localidades diferentes o Bom Deus nos fez 'um só coração e uma só alma'. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo por cada jovem que caminha no DJC e por todos aqueles que ainda alcançaremos com a força do Espírito Santo.
Muito obrigada a cada pessoa que contribuiu de maneira direta e indireta com o nosso encontro, que sobre estes o Senhor derrame o Espírito, que produz frutos de vida nova.
SEGUEM ABAIXO OS TEXTOS QUE NOS ORIENTARAM NA MEDITAÇÃO DO ENCONTRO, OA QUAIS DEVEM SER APROFUNDADOS NAS FRATERNIDADES CRISTÃS:
FORMAÇÃO I: Sexualidade e castidade
Muitos hoje, em um grande pré-conceito em relação à fé católica, acreditam que a Santa Igreja vê o sexo como algo mau, impuro ou pecaminoso, e isso é um engano.
Um olhar mais aprofundado sobre a doutrina católica mostra a imensa dignidade na qual a Santa Igreja vê a sexualidade. Diz o Catecismo da Igreja Católica que "a união do homem e da mulher no casamento é uma maneira de imitar na carne a generosidade e a fecundidade do Criador. (...) Dessa união procedem todas as gerações humanas." (Catecismo da Igreja Católica, 2335).
Diz também o Catecismo ainda que, pela sexualidade, “os esposos participam do poder criador e da paternidade de Deus.” (Catecismo da Igreja Católica, 2367) Isso está claro já nos primeiros capítulos da Sagrada Escritura, quando Deus cria o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, e lhes diz: “Frutificai, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.” (Gn 1,28) E mais adiante: “Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.” (Gn 2,24)
Se, portanto, a Santa Igreja crê que:
* pela sexualidade o homem e a mulher imitam a generosidade de Deus
* Deus condiciona ao ato sexual nada menos do que a geração de uma nova vida humana
* pelo ato sexual os esposos participam do poder criador de Deus
* o próprio Deus ordena que, em sua vocação natural, o homem e mulher se unam no ato sexual
Como se poderá afirmar que a fé católica vê o sexo como algo mau, impuro ou pecaminoso?
Foi o próprio Deus, ainda, que dispôs a natureza de forma à haver prazer no ato que perpetua a espécie humana - da mesma forma que normalmente há prazer natural em todos os atos humanos necessários para a sobrevivência e perpetuação da espécie: comer, beber, dormir, e assim por diante.
O Sagrado Magistério da Igreja ensina ainda que não há problema algum em os esposos desejarem este prazer no ato sexual e o gozarem, desde que isso seja vivido nos justos limites. Nesse sentido, o saudoso Papa Pio XII nos ensina: "O próprio Criador estabeleceu que nesta função os esposos sentissem prazer e satisfação no corpo e no espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem manter-se nos limites de uma moderação justa." (Catecismo da Igreja Católica, 2362)
Finalidades procriadora e unitiva
Quais seriam estes justos limites? É aquilo que a fé católica chama de virtude da castidade. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina: "A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa." (Catecismo da Igreja Católica, 2347) E ainda: "Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo seu estado de vida." (Catecismo da Igreja Católica, 2348) Ou seja, a virtude da castidade consiste na maneira correta de viver a sexualidade. Cada membro da Santa Igreja é chamado por Nosso Senhor Jesus Cristo à viver a castidade segundo a sua vocação.
Para isso, precisamos compreender que o ato sexual naturalmente tem duas finalidades: a finalidade unitiva, que diz respeito ao bem e à santificação do casal, e a finalidade procriadora, que diz respeito à geração da vida. Diz o Catecismo: "Salvaguardando esse dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e sua ordenação para altíssima vocação do homem para a paternidade." (Catecismo da Igreja Católica, 2369)
O prazer é consequência natural do ato conjugal, e não finalidade do ato. Assim, qualquer atitude que faça uso da sexualidade buscando o “prazer pelo prazer”, fora da sua finalidade unitiva ou fechando-se intencionalmente à sua finalidade procriadora, é uma atitude imoral.
3. Pecados contra a castidade
O Catecismo especifica: "Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais." (Catecismo da Igreja Católica, 2396)
A masturbação atenta tanto contra a finalidade unitiva do ato sexual, quanto contra a finalidade procriadora, e por isso é si mesmo imoral. Diz o Catecismo: "Por masturbação se deve entender a excitação voluntárias dos órgãos genitais a fim de conseguir um prazer venéreo. (...) A masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado. Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade." (Catecismo da Igreja Católica, 2352)
Embora a masturbação seja em si mesmo imoral, certos fatores psicológicos podem atenuar a culpabilidade do ato, de forma que, em certas circunstâncias, possa ser apenas um pecado venial ou não ser nem mesmo pecado, embora seja sempre um ato imoral (Catecismo da Igreja Católica, 2352).
A fornicação é a "união carnal fora do casamento entre um homem e mulher livres." (Catecismo da Igreja Católica, 2353) Atenta contra a finalidade unitiva do ato sexual, pois é praticado fora do compromisso definitivo entre homem e mulher que se dá no matrimônio. O contexto adequado para o ato sexual é, portanto, o matrimônio, e jamais o namoro, nem mesmo o noivado. A fornicação "é gravemente contrária à dignidade das pessoas e da sexualidade humana, naturalmente ordenada para o bem dos esposos, bem como para a geração e educação dos filhos." (Catecismo da Igreja Católica, 2353)
Diz o Catecismo que "a homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominantemente, por pessoas do mesmo sexo. (...) Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade." (Catecismo da Igreja Católica, 2357)
A Santa Igreja, porém, acolhe e respeita o homossexual enquanto pessoa, embora não aprove as práticas homossexuais; ela ama o pecador, mas odeio o pecado. Diz o Catecismo: "Um número não negligenciável de homens e mulheres apresenta tendências homossexuais inatas. Não são eles que escolhem sua condições homossexual; para a maioria, pois, esta constitui uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de descriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã." (Catecismo da Igreja Católica, 2359)
Castidade no matrimônio
Opõe-se à castidade no matrimônio:
* O adultério
* O espaçamento do nascimento dos filhos sem razões justas (sejam elas físicas, psicológicas, econômicas, etc)
* O espaçamento do nascimento dos filhos por métodos contraceptivos artificiais, que tornam o ato sexual intencionalmente infecundo
No matrimônio, "os dois se doam definitiva e totalmente um ao outro. Não são mais dois, mas formam doravante uma só carne. A aliança contraída livremente pelos esposos lhes impõe a obrigação de a manter una e indissolúvel." (Catecismo da Igreja Católica, 2364) O adultério designa a "infidelidade conjugal. Quando dois parceiros, dos quais um é casado, estabelecem entre si uma relação sexual, mesmo efêmera, cometem adultério." (Catecismo da Igreja Católica, 2380)
Como no matrimônio há uma união indissolúvel, se o matrimônio é válido e uma das partes do casal contrai a chamada "segunda união", comete adultério. Se, por condições particulares, a convivência enquanto casal torna-se impossível, e havendo dúvidas sobre a validade do matrimônio supostamente contraído (existem diversas razões que podem haver comprometido sua validade), deve-se procurar os Tribunais Eclesiásticos para avaliar se o matrimônio realmente existiu ou não.
Sobre isso, assim se expressou recentemente o Santo Padre Bento XVI: "Nos casos em que surjam legitimamente dúvidas sobre a validade do Matrimônio sacramental contraído, deve fazer-se tudo o que for necessário para verificar o fundamento das mesmas. Há que assegurar, pois, no pleno respeito do direito canônico, a presença no território dos tribunais eclesiásticos, o seu caráter pastoral, a sua atividade correta e pressurosa; é necessário haver, em cada diocese, um número suficiente de pessoas preparadas para o solícito funcionamento dos tribunais eclesiásticos. (...) Enfim, caso não seja reconhecida a nulidade do vínculo matrimonial e se verifiquem condições objetivas que tornam realmente irreversível a convivência, a Igreja encoraja estes fiéis a esforçarem-se por viver a sua relação segundo as exigências da lei de Deus, como amigos, como irmão e irmã; deste modo poderão novamente abeirar-se da mesa eucarística, com os cuidados previstos por uma comprovada prática eclesial." (Sacramentum Caritatis, 29)
Deve-se observar que um matrimônio consumado jamais poderá ser anulado, mas sim, declarado que, por condições específica, sempre foi inválido.
Diz o Catecismo: "A fecundidade é um dom, um fim do matrimônio, porque o amor conjugal tende naturalmente a ser fecundo. (...) A Igreja, que está do lado da vida, ensinada que qualquer ato matrimonial deve estar aberto à transmissão da vida." (Catecismo da Igreja Católica, 2366) Porém, "por razões justas, os esposos podem querer espaçar o nascimento dos filhos. Cabe-lhes verificar que seu desejo não provém do egoísmo, mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável. Além disso, regularão seu comportamento segundo os critérios objetivos da moral. (...) A continência periódica, os métodos de regulação da natalidade baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos estão de acordo com os critérios objetivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica. Em compensação, é intrinsecamente má toda ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento de suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação." (Catecismo da Igreja Católica, 2368-2370).
Como foi dito acima, as razões justas para espaçar o nascimento podem ser tanta físicas, como psicológicas, financeiras, e assim por diante (ver encíclica Humanae Vitae, n. 16), e isso é moralmente lícito se for feito através do métodos naturais. Existe um método de observação do corpo da mulher chamado método Billings, muito seguro se bem utilizado (segurança de 97%, segundo a Organização Mundial da Saúde). Uma rápida pesquisa na Internet mostrará muitas informações sobre ele, mas para aprender a utilizá-lo é importante procurar um instrutor experiente.
Por outro lado, é absolutamente imoral o uso de métodos contraceptivos que tornam o ato sexual infecundo (tais como: camisinha, pílula anticoncepcional, DIU, laqueadura e vasectomia), se utilizados com a intensão de fechar o ato sexual para a geração da vida. Nesses casos, e nos casos que mesmo por meios naturais o casal espaça o nascimento dos filhos sem razões justas para isso, a atitude se reveste de grande gravidade, pois o casal se fecha para a geração de vidas que se comprometeu à acolher quando assumiu o Matrimônio.
Luta pela castidade
O Catecismo cita ainda a luxúria como "um desejo desordenado ou um gozo desordenado do prazer venéreo. O prazer sexual é moralmente desordenado quando buscado por si mesmo, isolado das finalidade da procriação e du união." (Catecismo da Igreja Católica, 2351) Aqui deve-se destinguir entre o "sentir" e o "consentir"; o sentir desejo sexual de forma desordenada é natural devido as consequências do pecado original em nós, e por isso mesmo não é imoral; o "consentir" no desejo desordenado, isto é, a atitude que tomamos em relação à este desejo desordenado é que pode ser virtuosa ou imoral, pois o pecado implica vontade. Esta atitude imoral pode ser tanto um comportamento externo ou uma atitude interna de "curtir" o desejo desordenado - e nesse sentido Nosso Senhor Jesus Cristo fala em cometer um adultério através do olhar (Mateus 6, 27-28).
Com toda a certeza são necessárias renúncias para viver a castidade. O próprio Senhor nos diz: "Aquele que quer me seguir, tome a sua cruz e siga-me. De que vale ganhar o mundo inteiro se vier à perder a sua alma?" (Mateus 16, 16) Por outro lado, reconhecer a necessidade da renúncia da sexualidade desordenada de forma nenhuma significa que o sexo, em si mesmo, é algo mau, impuro ou pecaminoso. Muito pelo contrário! Significa que a sexualidade é algo tão cheio de dignidade que não pode ser vivido de qualquer maneira.
O próprio Santo Padre Bento XVI escreveu à respeito do amor que os gregos chamavam de "eros", isto é, o amor entre homem e mulher: "Na crítica ao cristianismo que se foi desenvolvendo com radicalismo crescente a partir do iluminismo, esta novidade foi avaliada de forma absolutamente negativa. Segundo Friedrich Nietzsche, o cristianismo teria dado veneno a beber ao eros, que, embora não tivesse morrido, daí teria recebido o impulso para degenerar em vício. Este filósofo alemão exprimia assim uma sensação muito generalizada: com os seus mandamentos e proibições, a Igreja não nos torna porventura amarga a coisa mais bela da vida? Porventura não assinala ela proibições precisamente onde a alegria, preparada para nós pelo Criador, nos oferece uma felicidade que nos faz pressentir algo do Divino? Mas, será mesmo assim? O cristianismo destruiu verdadeiramente o eros? (...) São necessárias purificações e amadurecimentos, que passam também pela estrada da renúncia. Isto não é rejeição do eros, não é o seu « envenenamento », mas a cura em ordem à sua verdadeira grandeza." (Deus Caritas Est, 3-5)
Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja, nos ensina: "Depois da queda de Adão, rebelaram-se os sentidos contra a razão, e não há para o homem mais difícil virtude a praticar do que a castidade." (Glórias de Maria, Tratado 3, cap. VI) Mas já dizia um grande sábio que "a juventude não foi feita para o prazer, mas para o heroísmo."
Para viver a castidade, é necessário, portanto, buscarmos:
* Vida de oração profunda
* Participação frequente no Santo Sacrifício da Missa e na Comunhão Eucarística
* Devoção à Santíssima Virgem, grande modelo de castidade
* Vigilância em relação à tentações
* Fuga das ocasiões mais prováveis de queda
* Busca do Sacramento da Confissão sempre que for necessário
É um desafio que vale a pena!
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por
site:rcc Brasil
FORMAÇÃO II: Beleza e importância da castidade
Gostaria de partilhar com vocês sobre a beleza e a importância da castidade. E dizer que realmente viver a castidade permite-nos percorrer um caminho seguro para o amor e para a felicidade plena.
Deus quando criou o Homem o fez à sua imagem e semelhança, por isso, quando olhamos para o ser humano deveríamos enxergar a imagem de Deus, e lembrar que o sobrenatural se apóia no natural. O Ser humano foi criado para eternidade, foi criado para amar. Criado para estar em comunhão com seu criador.
Deus nos fez livres para tornar-nos Seus filhos e não para tornar-nos escravos... infelizmente pela desobediência, o homem outorgou seu poder ao maligno, destruindo a pureza. Mas Deus, na sua infinita bondade e misericórdia vem até nós, através de Jesus Cristo (o novo Adão), nos resgatando e nos capacitando através da graça santificante recebida no batismo. Devolvendo-nos a vida eterna e a santificação do nosso corpo.
Nosso corpo é capaz de expressar através de nossos gestos, palavras, olhares... o amor de Deus. Tal importância tem nosso corpo, que nosso amado e saudoso João Paulo II escreveu durante 10 anos, 129 catequeses sobre a Teologia do Corpo (um chamado para o amor).
Nosso corpo é templo do Espírito Santo, como diz São Paulo em 1 Cor 6, 12-20. Através do nosso corpo, manifestamos Deus... O amor de Deus se revela na vida matrimonial, na vida sacerdotal, na vida consagrada... O casal é sinal de comunhão, nos lembrando do amor de Deus para com sua Igreja, Jesus o esposo e a Igreja a esposa.
Nossa solidão originária nos aponta para o Céu, e nossa comunhão originária nos aponta para o verdadeiro banquete. Por isso, o amor esponsal é livre, total, fiel e fecundo. O celibatário é sinal do próprio Cristo, sinal do esposo que se doa totalmente pela sua igreja.
Deus nos devolveu o potencial de vivermos a castidade. Que maravilha!!! Que boa notícia!!!
Podemos descrever a Castidade como um caminho seguro que nos leva a Deus... um caminho estruturado na verdade e na responsabilidade, onde flui livre rumo a felicidade.
Castidade é viver a vontade de Deus!!! É assumir os interesses do Reino de Deus! Muitos entendem que a castidade é não fazer sexo... mas... vejamos o que significa a palavra castidade:
Modo de ser casto! Casto é ser puro, sem mescla, é aquele que se abstém de relações sexuais ilegítimas ou imorais. Veja bem, viver a castidade é fazer sexo dentro do plano de Deus. Castidade engloba , um conjunto de virtudes... (fidelidade, honestidade, fraternidade, serenidade...)
Podemos exemplificar como uma rosa... ela é um conjunto de pétalas , por isso se torna tão bela ... assim, a castidade não é só uma virtude, é um conjunto de virtudes... E essas virtudes nos ajudam a controlar nossas vontades... Nos ajudam a ter um domínio sobre nos mesmos... O verdadeiro Homem não é aquele que domina os outros, mas sim, aquele que é capaz de dominar a si mesmo.
O Catecismo da Igreja Católica nos ensina muito a respeito da castidade.
Na citação 2339 diz exatamente o que acabamos de falar...
Ou o homem domina suas paixões e obtém a paz, ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz...
No número 2337 diz: A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu corporal e espiritual... A virtude da castidade comporta, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação.
Poderia citar aqui muitas frases lindas ... mas deixo como tarefa para vocês pesquisar e estudar esta grande riqueza que é o Catecismo da Igreja Católica.
Bem...viver a castidade é fazer a vontade de Deus... E qual é a vontade e o sonho de Deus em relação ao sexo, por exemplo?
O sonho de Deus em relação ao sexo, é aquele realizado entre um homem e uma mulher, validamente casados... E que vivam o objetivo unitivo e procriativo inseparavelmente e que estejam totalmente abertos à vida! Salvo se existir um motivo grave, optando pelo método natural. Não sou eu que estou falando isso... O Catecismo diz a partir do número 2366, o documento da Igreja Humanae Vitae , Vaticano II... Trocando em miúdos, podemos entender o seguinte: O ato sexual expressa o amor de Deus, por isso deve ser livre, total, fiel e fecundo...
Deve ser realizado entre um homem e uma mulher, e jamais entre dois do mesmo sexo... o mesmo sexo não é fecundo, segundo a Palavra Deus abomina ( veja em Levítico 18, 22 ). Estão querendo por meio da ideologia do gênero (ideologia que diz que quem escolhe o sexo é a pessoa a hora que quiser) alterar a natureza sexual do homem e da mulher. Cuidado, porque isso não vem de Deus!!!
O homossexual é muito amado, acolhido como pessoa e filho de Deus, mas não podemos aceitar sua prática sexual, pois não vem de Deus, por isso o homossexual é convidado a se entregar totalmente a Jesus, vivendo uma vida casta, traçando um caminho de santidade com muito mérito por se sacrificar e dominar suas tendências.
O relacionamento sexual deve ser manifestado dentro de um casamento, está claro no nº 2390 do Catecismo da Igreja: O ato sexual deve ocorrer exclusivamente no casamento; fora dele, é sempre um pecado grave e exclui da comunhão sacramental.
O amor humano não tolera a “experiência”. Ele exige uma doação total e definitiva das pessoas entre si. O ato sexual deve ser totalmente aberto à vida... por isso cai por terra todos os métodos anticonceptivos, cai por terra a masturbação,sexo desordenado, sexo antinatural... Todo sexualismo, é considerado imoral. A impureza consciente e consentida é uma grave transgressão a lei de Deus...Em (1Ts 4, 3-8) diz: “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza”.( 1 Ts 4, 3-8 )
A sexualidade deve ser assumida e compreendida como dom de Deus que nos torna seres relacionais no desejo de encontrar alguém que nos complete plenamente e nos leve ao fim derradeiro, a comunhão total com nosso Criador.
Adolescentes e jovens estão sendo muito atacados pela mídia no que diz respeito ao sexo.
Dizem que tudo é normal... incentivam a vida sexual fora do casamento, distribuem camisinhas... como se fosse resolver todos os problemas, promovem a pornografia como se fosse algo certo...
Estão na verdade envenenando os pequeninos, para que não encontrem o caminho seguro e se percam em suas próprias atitudes desordenadas.
Quantos se acostumam a ficar, e não conseguem mais amar... Quantos que nesta história de ficar... acabam pagando um preço altíssimo... doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, e não poucas vezes o aborto. Como Deus se entristece em ver seus filhos se afundando no prazer desordenado...
Este não é o sonho de Deus...Deus quer nossa alegria, quer nossa felicidade, Ele quer a todos, ama a todos, Ele espera que todos se salvem... por isso Ele nos mostra este caminho seguro...
“Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma, e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade”.(Ef 4,23-24).
Deus é perdão! Estamos vivendo um tempo de misericórdia! Se arrependa! Arrependimento quer dizer: mudança na forma de pensar... Escolha o verdadeiro caminho, lembre-se que somos criados para eternidade, nossa alma almeja o sobrenatural.
A mente renovada é o resultado de um coração rendido ao Senhor. Só Ele pode lhe dar a Paz, só Ele pode lhe preencher plenamente. Jesus veio oferecer os benefícios de seu mundo a todos os que se rendem ao seu governo. Não perca mais tempo, faça uma boa confissão, sincera e com propósito, Deus purifica e todo aquele que se arrepende!!!
O céu faz festa com um filho que nasce de novo! Não tenha medo, Ele perdoa tudo... aproveite enquanto há tempo...Ele te ama com amor incondicional, ele passa uma borracha em todos seus pecados, acredite no perdão de Deus!!!
Ele te chama para viver a castidade, não importando o que você fez: prostituição, homossexualismo, aborto... Deus não perdoou Paulo, que foi um assassino?
Ele quer você... esta pregação não chegou a você sem propósito...Ele quer você... Cristo é modelo de castidade. Todos são chamados a levar uma vida casta, cada um segundo seu estado de vida .
E como viver a castidade no mundo de hoje?
Vigiando e orando... Em Mt 26,41 Jesus nos aconselha muito bem... “Vigiem e orem para que não sejam tentados”... Vamos dominar nossos sentidos... evitando ver sites pornográficos, leituras indecentes, novelas e filmes que incentivem a imoralidade sexual... lembrando aqui que São Paulo nos exorta, de forma bem explícita, dizendo em suas cartas, para ficarmos longe das imoralidades sexuais, inclusive em Efésios, ele diz que até mesmo conversas e palavras indecentes não nos convém.
Devemos evitar os vícios, que nos causam morte física e espiritual. Por isso temos que fortalecer o espírito... para que a carne não vença!
E quais são os meios para fortalecer nosso espírito? Vida sacramental, vida de oração, ascese e mortificação, saúde, vida em família, vida em comunidade... pois, viver sozinho pode ser perigoso, podemos ser presa fácil!
Aqui ... posso dar-lhes um testemunho... Na minha adolescência compreendi o valor da castidade, graças a Deus tive o privilégio de ter um exemplo de pais castos, de um Sacerdote comprometido com o Reino, de uma família e de uma comunidade fortalecida pela eucaristia.
Por isso, e pela Graça de Deus, consegui me manter casta.. mas me lembro que sempre pensei assim e penso até hoje: o que vejo, o que ouço,o que toco, o que como, o que bebo, Jesus faria junto comigo?
Isto me ajudou e me ajuda a viver a castidade, não como um peso, mas sim com leveza, pois quando amamos, não existe fardo, ao contrário se torna uma alegria.
Hoje sou casada, e pela graça divina, com um homem de Deus, que compartilha comigo o mesmo objetivo, de viver a vontade do Pai, buscando a santidade...
claro que temos muitos defeitos, limitações... mas buscamos o céu como meta, contando com a graça de Deus.
Agora, aqueles que não tiveram e não tem exemplo em casa, não tiveram e não tem orientador espiritual, o mérito de vocês será ainda bem maior, por isso agarrem com todas as forças este caminho seguro, não percam sua preciosa vida...
Jesus nos fala bem claro em Mt 16,26: “ O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder sua alma?”
O que nos motiva a viver a castidade?
Precisamos de motivação...não é mesmo?
Porque... um homem motivado vai até a lua, mas um homem desmotivado não atravessa a rua...
Por isso o que nos motiva! O que nos leva a buscar este caminho seguro?
Um amor apaixonado por Jesus Cristo que se fez carne, habitou entre nós, e está vivo!
Uma escolha pelo Reino de Deus, que é o dono de tudo! Uma luta pela eternidade, uma busca pela verdadeira felicidade, sofrendo sim algumas vezes... mas sofrendo junto com Cristo, na cruz de Cristo, abraçando o sacrifício da porta estreita, mas com a certeza da ressurreição!
Claro! Não existe vitória sem luta...
Mas foi exatamente isso que Ele nos disse: “No mundo haveis de ter aflições. Coragem ! Eu venci o mundo.” (Jô 16,33).
Alegria irmão e irmã!!!
Viver a castidade é maravilhoso! Um caminho de abertura a Deus e ao próximo numa doação de amor... sem medidas!!!
Quem vive a castidade é livre, podemos voar bem alto como águias, correr e não perder nossas forças, andar e não se cansar...
Deus nos abençoe e nos guarde sempre.
Amém!!!
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por
pregação de Valdirene Carrera, site:castidade.org
Dia 19 de junho vivemos o nosso Encontro Geral de Espiritualidade, no qual o Bom Deus derramou abundantemente Sua Graça. Foi maravilhoso estarmos reunidos como um único DJC jovens, embora moremos em localidades diferentes o Bom Deus nos fez 'um só coração e uma só alma'. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo por cada jovem que caminha no DJC e por todos aqueles que ainda alcançaremos com a força do Espírito Santo.
Muito obrigada a cada pessoa que contribuiu de maneira direta e indireta com o nosso encontro, que sobre estes o Senhor derrame o Espírito, que produz frutos de vida nova.
SEGUEM ABAIXO OS TEXTOS QUE NOS ORIENTARAM NA MEDITAÇÃO DO ENCONTRO, OA QUAIS DEVEM SER APROFUNDADOS NAS FRATERNIDADES CRISTÃS:
FORMAÇÃO I: Sexualidade e castidade
Muitos hoje, em um grande pré-conceito em relação à fé católica, acreditam que a Santa Igreja vê o sexo como algo mau, impuro ou pecaminoso, e isso é um engano.
Um olhar mais aprofundado sobre a doutrina católica mostra a imensa dignidade na qual a Santa Igreja vê a sexualidade. Diz o Catecismo da Igreja Católica que "a união do homem e da mulher no casamento é uma maneira de imitar na carne a generosidade e a fecundidade do Criador. (...) Dessa união procedem todas as gerações humanas." (Catecismo da Igreja Católica, 2335).
Diz também o Catecismo ainda que, pela sexualidade, “os esposos participam do poder criador e da paternidade de Deus.” (Catecismo da Igreja Católica, 2367) Isso está claro já nos primeiros capítulos da Sagrada Escritura, quando Deus cria o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, e lhes diz: “Frutificai, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.” (Gn 1,28) E mais adiante: “Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.” (Gn 2,24)
Se, portanto, a Santa Igreja crê que:
* pela sexualidade o homem e a mulher imitam a generosidade de Deus
* Deus condiciona ao ato sexual nada menos do que a geração de uma nova vida humana
* pelo ato sexual os esposos participam do poder criador de Deus
* o próprio Deus ordena que, em sua vocação natural, o homem e mulher se unam no ato sexual
Como se poderá afirmar que a fé católica vê o sexo como algo mau, impuro ou pecaminoso?
Foi o próprio Deus, ainda, que dispôs a natureza de forma à haver prazer no ato que perpetua a espécie humana - da mesma forma que normalmente há prazer natural em todos os atos humanos necessários para a sobrevivência e perpetuação da espécie: comer, beber, dormir, e assim por diante.
O Sagrado Magistério da Igreja ensina ainda que não há problema algum em os esposos desejarem este prazer no ato sexual e o gozarem, desde que isso seja vivido nos justos limites. Nesse sentido, o saudoso Papa Pio XII nos ensina: "O próprio Criador estabeleceu que nesta função os esposos sentissem prazer e satisfação no corpo e no espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem manter-se nos limites de uma moderação justa." (Catecismo da Igreja Católica, 2362)
Finalidades procriadora e unitiva
Quais seriam estes justos limites? É aquilo que a fé católica chama de virtude da castidade. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina: "A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa." (Catecismo da Igreja Católica, 2347) E ainda: "Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo seu estado de vida." (Catecismo da Igreja Católica, 2348) Ou seja, a virtude da castidade consiste na maneira correta de viver a sexualidade. Cada membro da Santa Igreja é chamado por Nosso Senhor Jesus Cristo à viver a castidade segundo a sua vocação.
Para isso, precisamos compreender que o ato sexual naturalmente tem duas finalidades: a finalidade unitiva, que diz respeito ao bem e à santificação do casal, e a finalidade procriadora, que diz respeito à geração da vida. Diz o Catecismo: "Salvaguardando esse dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e sua ordenação para altíssima vocação do homem para a paternidade." (Catecismo da Igreja Católica, 2369)
O prazer é consequência natural do ato conjugal, e não finalidade do ato. Assim, qualquer atitude que faça uso da sexualidade buscando o “prazer pelo prazer”, fora da sua finalidade unitiva ou fechando-se intencionalmente à sua finalidade procriadora, é uma atitude imoral.
3. Pecados contra a castidade
O Catecismo especifica: "Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais." (Catecismo da Igreja Católica, 2396)
A masturbação atenta tanto contra a finalidade unitiva do ato sexual, quanto contra a finalidade procriadora, e por isso é si mesmo imoral. Diz o Catecismo: "Por masturbação se deve entender a excitação voluntárias dos órgãos genitais a fim de conseguir um prazer venéreo. (...) A masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado. Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade." (Catecismo da Igreja Católica, 2352)
Embora a masturbação seja em si mesmo imoral, certos fatores psicológicos podem atenuar a culpabilidade do ato, de forma que, em certas circunstâncias, possa ser apenas um pecado venial ou não ser nem mesmo pecado, embora seja sempre um ato imoral (Catecismo da Igreja Católica, 2352).
A fornicação é a "união carnal fora do casamento entre um homem e mulher livres." (Catecismo da Igreja Católica, 2353) Atenta contra a finalidade unitiva do ato sexual, pois é praticado fora do compromisso definitivo entre homem e mulher que se dá no matrimônio. O contexto adequado para o ato sexual é, portanto, o matrimônio, e jamais o namoro, nem mesmo o noivado. A fornicação "é gravemente contrária à dignidade das pessoas e da sexualidade humana, naturalmente ordenada para o bem dos esposos, bem como para a geração e educação dos filhos." (Catecismo da Igreja Católica, 2353)
Diz o Catecismo que "a homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominantemente, por pessoas do mesmo sexo. (...) Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade." (Catecismo da Igreja Católica, 2357)
A Santa Igreja, porém, acolhe e respeita o homossexual enquanto pessoa, embora não aprove as práticas homossexuais; ela ama o pecador, mas odeio o pecado. Diz o Catecismo: "Um número não negligenciável de homens e mulheres apresenta tendências homossexuais inatas. Não são eles que escolhem sua condições homossexual; para a maioria, pois, esta constitui uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de descriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã." (Catecismo da Igreja Católica, 2359)
Castidade no matrimônio
Opõe-se à castidade no matrimônio:
* O adultério
* O espaçamento do nascimento dos filhos sem razões justas (sejam elas físicas, psicológicas, econômicas, etc)
* O espaçamento do nascimento dos filhos por métodos contraceptivos artificiais, que tornam o ato sexual intencionalmente infecundo
No matrimônio, "os dois se doam definitiva e totalmente um ao outro. Não são mais dois, mas formam doravante uma só carne. A aliança contraída livremente pelos esposos lhes impõe a obrigação de a manter una e indissolúvel." (Catecismo da Igreja Católica, 2364) O adultério designa a "infidelidade conjugal. Quando dois parceiros, dos quais um é casado, estabelecem entre si uma relação sexual, mesmo efêmera, cometem adultério." (Catecismo da Igreja Católica, 2380)
Como no matrimônio há uma união indissolúvel, se o matrimônio é válido e uma das partes do casal contrai a chamada "segunda união", comete adultério. Se, por condições particulares, a convivência enquanto casal torna-se impossível, e havendo dúvidas sobre a validade do matrimônio supostamente contraído (existem diversas razões que podem haver comprometido sua validade), deve-se procurar os Tribunais Eclesiásticos para avaliar se o matrimônio realmente existiu ou não.
Sobre isso, assim se expressou recentemente o Santo Padre Bento XVI: "Nos casos em que surjam legitimamente dúvidas sobre a validade do Matrimônio sacramental contraído, deve fazer-se tudo o que for necessário para verificar o fundamento das mesmas. Há que assegurar, pois, no pleno respeito do direito canônico, a presença no território dos tribunais eclesiásticos, o seu caráter pastoral, a sua atividade correta e pressurosa; é necessário haver, em cada diocese, um número suficiente de pessoas preparadas para o solícito funcionamento dos tribunais eclesiásticos. (...) Enfim, caso não seja reconhecida a nulidade do vínculo matrimonial e se verifiquem condições objetivas que tornam realmente irreversível a convivência, a Igreja encoraja estes fiéis a esforçarem-se por viver a sua relação segundo as exigências da lei de Deus, como amigos, como irmão e irmã; deste modo poderão novamente abeirar-se da mesa eucarística, com os cuidados previstos por uma comprovada prática eclesial." (Sacramentum Caritatis, 29)
Deve-se observar que um matrimônio consumado jamais poderá ser anulado, mas sim, declarado que, por condições específica, sempre foi inválido.
Diz o Catecismo: "A fecundidade é um dom, um fim do matrimônio, porque o amor conjugal tende naturalmente a ser fecundo. (...) A Igreja, que está do lado da vida, ensinada que qualquer ato matrimonial deve estar aberto à transmissão da vida." (Catecismo da Igreja Católica, 2366) Porém, "por razões justas, os esposos podem querer espaçar o nascimento dos filhos. Cabe-lhes verificar que seu desejo não provém do egoísmo, mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável. Além disso, regularão seu comportamento segundo os critérios objetivos da moral. (...) A continência periódica, os métodos de regulação da natalidade baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos estão de acordo com os critérios objetivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica. Em compensação, é intrinsecamente má toda ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento de suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação." (Catecismo da Igreja Católica, 2368-2370).
Como foi dito acima, as razões justas para espaçar o nascimento podem ser tanta físicas, como psicológicas, financeiras, e assim por diante (ver encíclica Humanae Vitae, n. 16), e isso é moralmente lícito se for feito através do métodos naturais. Existe um método de observação do corpo da mulher chamado método Billings, muito seguro se bem utilizado (segurança de 97%, segundo a Organização Mundial da Saúde). Uma rápida pesquisa na Internet mostrará muitas informações sobre ele, mas para aprender a utilizá-lo é importante procurar um instrutor experiente.
Por outro lado, é absolutamente imoral o uso de métodos contraceptivos que tornam o ato sexual infecundo (tais como: camisinha, pílula anticoncepcional, DIU, laqueadura e vasectomia), se utilizados com a intensão de fechar o ato sexual para a geração da vida. Nesses casos, e nos casos que mesmo por meios naturais o casal espaça o nascimento dos filhos sem razões justas para isso, a atitude se reveste de grande gravidade, pois o casal se fecha para a geração de vidas que se comprometeu à acolher quando assumiu o Matrimônio.
Luta pela castidade
O Catecismo cita ainda a luxúria como "um desejo desordenado ou um gozo desordenado do prazer venéreo. O prazer sexual é moralmente desordenado quando buscado por si mesmo, isolado das finalidade da procriação e du união." (Catecismo da Igreja Católica, 2351) Aqui deve-se destinguir entre o "sentir" e o "consentir"; o sentir desejo sexual de forma desordenada é natural devido as consequências do pecado original em nós, e por isso mesmo não é imoral; o "consentir" no desejo desordenado, isto é, a atitude que tomamos em relação à este desejo desordenado é que pode ser virtuosa ou imoral, pois o pecado implica vontade. Esta atitude imoral pode ser tanto um comportamento externo ou uma atitude interna de "curtir" o desejo desordenado - e nesse sentido Nosso Senhor Jesus Cristo fala em cometer um adultério através do olhar (Mateus 6, 27-28).
Com toda a certeza são necessárias renúncias para viver a castidade. O próprio Senhor nos diz: "Aquele que quer me seguir, tome a sua cruz e siga-me. De que vale ganhar o mundo inteiro se vier à perder a sua alma?" (Mateus 16, 16) Por outro lado, reconhecer a necessidade da renúncia da sexualidade desordenada de forma nenhuma significa que o sexo, em si mesmo, é algo mau, impuro ou pecaminoso. Muito pelo contrário! Significa que a sexualidade é algo tão cheio de dignidade que não pode ser vivido de qualquer maneira.
O próprio Santo Padre Bento XVI escreveu à respeito do amor que os gregos chamavam de "eros", isto é, o amor entre homem e mulher: "Na crítica ao cristianismo que se foi desenvolvendo com radicalismo crescente a partir do iluminismo, esta novidade foi avaliada de forma absolutamente negativa. Segundo Friedrich Nietzsche, o cristianismo teria dado veneno a beber ao eros, que, embora não tivesse morrido, daí teria recebido o impulso para degenerar em vício. Este filósofo alemão exprimia assim uma sensação muito generalizada: com os seus mandamentos e proibições, a Igreja não nos torna porventura amarga a coisa mais bela da vida? Porventura não assinala ela proibições precisamente onde a alegria, preparada para nós pelo Criador, nos oferece uma felicidade que nos faz pressentir algo do Divino? Mas, será mesmo assim? O cristianismo destruiu verdadeiramente o eros? (...) São necessárias purificações e amadurecimentos, que passam também pela estrada da renúncia. Isto não é rejeição do eros, não é o seu « envenenamento », mas a cura em ordem à sua verdadeira grandeza." (Deus Caritas Est, 3-5)
Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja, nos ensina: "Depois da queda de Adão, rebelaram-se os sentidos contra a razão, e não há para o homem mais difícil virtude a praticar do que a castidade." (Glórias de Maria, Tratado 3, cap. VI) Mas já dizia um grande sábio que "a juventude não foi feita para o prazer, mas para o heroísmo."
Para viver a castidade, é necessário, portanto, buscarmos:
* Vida de oração profunda
* Participação frequente no Santo Sacrifício da Missa e na Comunhão Eucarística
* Devoção à Santíssima Virgem, grande modelo de castidade
* Vigilância em relação à tentações
* Fuga das ocasiões mais prováveis de queda
* Busca do Sacramento da Confissão sempre que for necessário
É um desafio que vale a pena!
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por
site:rcc Brasil
FORMAÇÃO II: Beleza e importância da castidade
Gostaria de partilhar com vocês sobre a beleza e a importância da castidade. E dizer que realmente viver a castidade permite-nos percorrer um caminho seguro para o amor e para a felicidade plena.
Deus quando criou o Homem o fez à sua imagem e semelhança, por isso, quando olhamos para o ser humano deveríamos enxergar a imagem de Deus, e lembrar que o sobrenatural se apóia no natural. O Ser humano foi criado para eternidade, foi criado para amar. Criado para estar em comunhão com seu criador.
Deus nos fez livres para tornar-nos Seus filhos e não para tornar-nos escravos... infelizmente pela desobediência, o homem outorgou seu poder ao maligno, destruindo a pureza. Mas Deus, na sua infinita bondade e misericórdia vem até nós, através de Jesus Cristo (o novo Adão), nos resgatando e nos capacitando através da graça santificante recebida no batismo. Devolvendo-nos a vida eterna e a santificação do nosso corpo.
Nosso corpo é capaz de expressar através de nossos gestos, palavras, olhares... o amor de Deus. Tal importância tem nosso corpo, que nosso amado e saudoso João Paulo II escreveu durante 10 anos, 129 catequeses sobre a Teologia do Corpo (um chamado para o amor).
Nosso corpo é templo do Espírito Santo, como diz São Paulo em 1 Cor 6, 12-20. Através do nosso corpo, manifestamos Deus... O amor de Deus se revela na vida matrimonial, na vida sacerdotal, na vida consagrada... O casal é sinal de comunhão, nos lembrando do amor de Deus para com sua Igreja, Jesus o esposo e a Igreja a esposa.
Nossa solidão originária nos aponta para o Céu, e nossa comunhão originária nos aponta para o verdadeiro banquete. Por isso, o amor esponsal é livre, total, fiel e fecundo. O celibatário é sinal do próprio Cristo, sinal do esposo que se doa totalmente pela sua igreja.
Deus nos devolveu o potencial de vivermos a castidade. Que maravilha!!! Que boa notícia!!!
Podemos descrever a Castidade como um caminho seguro que nos leva a Deus... um caminho estruturado na verdade e na responsabilidade, onde flui livre rumo a felicidade.
Castidade é viver a vontade de Deus!!! É assumir os interesses do Reino de Deus! Muitos entendem que a castidade é não fazer sexo... mas... vejamos o que significa a palavra castidade:
Modo de ser casto! Casto é ser puro, sem mescla, é aquele que se abstém de relações sexuais ilegítimas ou imorais. Veja bem, viver a castidade é fazer sexo dentro do plano de Deus. Castidade engloba , um conjunto de virtudes... (fidelidade, honestidade, fraternidade, serenidade...)
Podemos exemplificar como uma rosa... ela é um conjunto de pétalas , por isso se torna tão bela ... assim, a castidade não é só uma virtude, é um conjunto de virtudes... E essas virtudes nos ajudam a controlar nossas vontades... Nos ajudam a ter um domínio sobre nos mesmos... O verdadeiro Homem não é aquele que domina os outros, mas sim, aquele que é capaz de dominar a si mesmo.
O Catecismo da Igreja Católica nos ensina muito a respeito da castidade.
Na citação 2339 diz exatamente o que acabamos de falar...
Ou o homem domina suas paixões e obtém a paz, ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz...
No número 2337 diz: A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu corporal e espiritual... A virtude da castidade comporta, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação.
Poderia citar aqui muitas frases lindas ... mas deixo como tarefa para vocês pesquisar e estudar esta grande riqueza que é o Catecismo da Igreja Católica.
Bem...viver a castidade é fazer a vontade de Deus... E qual é a vontade e o sonho de Deus em relação ao sexo, por exemplo?
O sonho de Deus em relação ao sexo, é aquele realizado entre um homem e uma mulher, validamente casados... E que vivam o objetivo unitivo e procriativo inseparavelmente e que estejam totalmente abertos à vida! Salvo se existir um motivo grave, optando pelo método natural. Não sou eu que estou falando isso... O Catecismo diz a partir do número 2366, o documento da Igreja Humanae Vitae , Vaticano II... Trocando em miúdos, podemos entender o seguinte: O ato sexual expressa o amor de Deus, por isso deve ser livre, total, fiel e fecundo...
Deve ser realizado entre um homem e uma mulher, e jamais entre dois do mesmo sexo... o mesmo sexo não é fecundo, segundo a Palavra Deus abomina ( veja em Levítico 18, 22 ). Estão querendo por meio da ideologia do gênero (ideologia que diz que quem escolhe o sexo é a pessoa a hora que quiser) alterar a natureza sexual do homem e da mulher. Cuidado, porque isso não vem de Deus!!!
O homossexual é muito amado, acolhido como pessoa e filho de Deus, mas não podemos aceitar sua prática sexual, pois não vem de Deus, por isso o homossexual é convidado a se entregar totalmente a Jesus, vivendo uma vida casta, traçando um caminho de santidade com muito mérito por se sacrificar e dominar suas tendências.
O relacionamento sexual deve ser manifestado dentro de um casamento, está claro no nº 2390 do Catecismo da Igreja: O ato sexual deve ocorrer exclusivamente no casamento; fora dele, é sempre um pecado grave e exclui da comunhão sacramental.
O amor humano não tolera a “experiência”. Ele exige uma doação total e definitiva das pessoas entre si. O ato sexual deve ser totalmente aberto à vida... por isso cai por terra todos os métodos anticonceptivos, cai por terra a masturbação,sexo desordenado, sexo antinatural... Todo sexualismo, é considerado imoral. A impureza consciente e consentida é uma grave transgressão a lei de Deus...Em (1Ts 4, 3-8) diz: “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza”.( 1 Ts 4, 3-8 )
A sexualidade deve ser assumida e compreendida como dom de Deus que nos torna seres relacionais no desejo de encontrar alguém que nos complete plenamente e nos leve ao fim derradeiro, a comunhão total com nosso Criador.
Adolescentes e jovens estão sendo muito atacados pela mídia no que diz respeito ao sexo.
Dizem que tudo é normal... incentivam a vida sexual fora do casamento, distribuem camisinhas... como se fosse resolver todos os problemas, promovem a pornografia como se fosse algo certo...
Estão na verdade envenenando os pequeninos, para que não encontrem o caminho seguro e se percam em suas próprias atitudes desordenadas.
Quantos se acostumam a ficar, e não conseguem mais amar... Quantos que nesta história de ficar... acabam pagando um preço altíssimo... doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, e não poucas vezes o aborto. Como Deus se entristece em ver seus filhos se afundando no prazer desordenado...
Este não é o sonho de Deus...Deus quer nossa alegria, quer nossa felicidade, Ele quer a todos, ama a todos, Ele espera que todos se salvem... por isso Ele nos mostra este caminho seguro...
“Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma, e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade”.(Ef 4,23-24).
Deus é perdão! Estamos vivendo um tempo de misericórdia! Se arrependa! Arrependimento quer dizer: mudança na forma de pensar... Escolha o verdadeiro caminho, lembre-se que somos criados para eternidade, nossa alma almeja o sobrenatural.
A mente renovada é o resultado de um coração rendido ao Senhor. Só Ele pode lhe dar a Paz, só Ele pode lhe preencher plenamente. Jesus veio oferecer os benefícios de seu mundo a todos os que se rendem ao seu governo. Não perca mais tempo, faça uma boa confissão, sincera e com propósito, Deus purifica e todo aquele que se arrepende!!!
O céu faz festa com um filho que nasce de novo! Não tenha medo, Ele perdoa tudo... aproveite enquanto há tempo...Ele te ama com amor incondicional, ele passa uma borracha em todos seus pecados, acredite no perdão de Deus!!!
Ele te chama para viver a castidade, não importando o que você fez: prostituição, homossexualismo, aborto... Deus não perdoou Paulo, que foi um assassino?
Ele quer você... esta pregação não chegou a você sem propósito...Ele quer você... Cristo é modelo de castidade. Todos são chamados a levar uma vida casta, cada um segundo seu estado de vida .
E como viver a castidade no mundo de hoje?
Vigiando e orando... Em Mt 26,41 Jesus nos aconselha muito bem... “Vigiem e orem para que não sejam tentados”... Vamos dominar nossos sentidos... evitando ver sites pornográficos, leituras indecentes, novelas e filmes que incentivem a imoralidade sexual... lembrando aqui que São Paulo nos exorta, de forma bem explícita, dizendo em suas cartas, para ficarmos longe das imoralidades sexuais, inclusive em Efésios, ele diz que até mesmo conversas e palavras indecentes não nos convém.
Devemos evitar os vícios, que nos causam morte física e espiritual. Por isso temos que fortalecer o espírito... para que a carne não vença!
E quais são os meios para fortalecer nosso espírito? Vida sacramental, vida de oração, ascese e mortificação, saúde, vida em família, vida em comunidade... pois, viver sozinho pode ser perigoso, podemos ser presa fácil!
Aqui ... posso dar-lhes um testemunho... Na minha adolescência compreendi o valor da castidade, graças a Deus tive o privilégio de ter um exemplo de pais castos, de um Sacerdote comprometido com o Reino, de uma família e de uma comunidade fortalecida pela eucaristia.
Por isso, e pela Graça de Deus, consegui me manter casta.. mas me lembro que sempre pensei assim e penso até hoje: o que vejo, o que ouço,o que toco, o que como, o que bebo, Jesus faria junto comigo?
Isto me ajudou e me ajuda a viver a castidade, não como um peso, mas sim com leveza, pois quando amamos, não existe fardo, ao contrário se torna uma alegria.
Hoje sou casada, e pela graça divina, com um homem de Deus, que compartilha comigo o mesmo objetivo, de viver a vontade do Pai, buscando a santidade...
claro que temos muitos defeitos, limitações... mas buscamos o céu como meta, contando com a graça de Deus.
Agora, aqueles que não tiveram e não tem exemplo em casa, não tiveram e não tem orientador espiritual, o mérito de vocês será ainda bem maior, por isso agarrem com todas as forças este caminho seguro, não percam sua preciosa vida...
Jesus nos fala bem claro em Mt 16,26: “ O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder sua alma?”
O que nos motiva a viver a castidade?
Precisamos de motivação...não é mesmo?
Porque... um homem motivado vai até a lua, mas um homem desmotivado não atravessa a rua...
Por isso o que nos motiva! O que nos leva a buscar este caminho seguro?
Um amor apaixonado por Jesus Cristo que se fez carne, habitou entre nós, e está vivo!
Uma escolha pelo Reino de Deus, que é o dono de tudo! Uma luta pela eternidade, uma busca pela verdadeira felicidade, sofrendo sim algumas vezes... mas sofrendo junto com Cristo, na cruz de Cristo, abraçando o sacrifício da porta estreita, mas com a certeza da ressurreição!
Claro! Não existe vitória sem luta...
Mas foi exatamente isso que Ele nos disse: “No mundo haveis de ter aflições. Coragem ! Eu venci o mundo.” (Jô 16,33).
Alegria irmão e irmã!!!
Viver a castidade é maravilhoso! Um caminho de abertura a Deus e ao próximo numa doação de amor... sem medidas!!!
Quem vive a castidade é livre, podemos voar bem alto como águias, correr e não perder nossas forças, andar e não se cansar...
Deus nos abençoe e nos guarde sempre.
Amém!!!
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por
pregação de Valdirene Carrera, site:castidade.org